quarta-feira, 5 de setembro de 2007

TJ nega habeas corpus para suspeito de matar advogada



O advogado do empresário Márcio Rocha da Silva, 25 anos, principal suspeito de estrangular a própria esposa, a advogada Isabel Rebouça da Rocha 42, entrou com um pedido de habeas corpus, junto ao Tribunal de Justiça do Acre. A liminar que deixaria Marcio Rocha em liberdade foi indeferida pelo TJ, que decidiu pedir mais informações ao Juiz sobre a prisão.

“O tribunal segundo o entendimento do relator não encontrou de imediato fundamentos para deferir esse pedido de medida liminar”, comenta o Juiz Giordane de Souza Dourado presidente da Primeira Vara Criminal de Cruzeiro do Sul.

Márcio Rocha está preso na carceragem da Polícia Federal em Cruzeiro do Sul há dezesseis dias. Ele foi preso através de um pedido de prisão temporária expedido pelo Juiz Fábio Costa Gonzaga, quando substituía Giordane Dourado.

De acordo com o Delegado José Henrique, que preside o inquérito instaurado para apurar a morte da advogada, a prisão do empresário foi pedida devido a fortes indícios que o apontam como suspeito do crime. A prisão decretada tem validade de trinta dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo prazo até a conclusão do inquérito.

O crime

Na manhã do dia 18 de agosto, a polícia foi atender uma ocorrência no Balneário Igarapé Preto localizado na BR-364 a 10 quilômetros do centro da Cruzeiro do Sul, quando encontrou o corpo da advogada Isabel Rebouça da Rocha, 42 de idade, residente em Manaus (AM), flutuando sobres as águas escuras do igarapé. O corpo de bombeiros foi acionado, a mulher foi conduzida até o necrotério do Hospital do Juruá. Segundo a polícia a advogada teria sido morta ainda pela madrugada, algumas horas antes do resgate.

Ela estava despida, suas roupas encontravam-se molhadas nas margens do igarapé. Portava algumas jóias como, brincos, pulseiras, cordões e não aparentava está com nenhum tipo de lesão. Apenas o rosto estava arroxeado.

Só depois de mais de uma hora que o corpo chegou ao necrotério, apareceram alguns familiares e amigos para identificá-lo. Parentes e amigos que estiveram com a mulher na madrugada em que ela morreu, ficaram desesperados tentando entender o que teria acontecido.

De acordo com informações da família, Isabel Rebouças da Rocha, era advogada e trabalhava como auditora fiscal da SEFAZ (Secretaria da Fazenda) do Amazonas. Ela morava em Manaus e veio passar férias em Cruzeiro do Sul ao lado do marido, o empresário Márcio Rocha da Silva, 25 anos, eles estavam hospedados em uma casa na Avenida Lauro Muller.

Na noite de sexta-feira o casal saiu com amigos para se divertirem. Depois de freqüentarem outros lugares, foram até o Igarapé Preto, a onde continuaram se divertindo. Uma sobrinha contou que a advogada não bebia e durante a noite tomava água mineral enquanto assistia os amigos tomarem outras bebidas.

O corpo foi conservado no gelo durante dois dias por uma funerária devido à cidade não dispor de um Instituto Médico Legal (IML), até a chegada de médicos legistas de Rio Branco para realizarem a autópsia no corpo da advogada.

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